Em vez de jogar comida fora, que tal fazer uma horta?
Restos de verduras,
cascas de frutas, leite e legumes. Quando esses alimentos não são mais
aproveitados na sua casa, o destino é o lixo? Segundo estatísticas, 30% a 40% de
todos os alimentos produzidos no Brasil são perdidos entre a colheita, o
armazenamento, transporte e o consumo. Em um mundo onde o desperdício é cada
vez mais intolerado, a prática da compostagem vem ganhando adeptos.
O método consiste em
transformar restos de alimentos em adubo, que pode ser usado, por exemplo, em
uma horta doméstica ou mesmo nas plantas do seu jardim.
“A compostagem é um
processo biológico e aeróbio em que microorganismos como bactérias e fungos e
macroorganismos como minhocas, tatus-bola e centopéias são fundamentais para o
sucesso”, explica Sabrina Jeha, herborista da Sabor de Fazenda Ervas e Temperos.
“Fazer compostagem
doméstica é um passo significativo para a sustentabilidade, já que evita
desperdiçar um recurso perfeitamente reutilizável. Ao apostar nela, ajudamos a
quebrar o círculo vicioso do desperdício, além de produzir um adubo de
excelente qualidade a um custo baixíssimo”, conta Elaine Maria Costa,
administradora e coach.
Investir na prática
caseira, no entanto, assusta algumas pessoas. “Pode até parecer algo difícil e
que exige muita dedicação, mas não é verdade. Com um pouco de conhecimento,
qualquer pessoa pode transformar seus resíduos em adubo”, diz Elaine.
Então, mãos à obra.
Veja os cinco passos para ter uma composteira em casa:
1. Avalie o tanto
de material que você vai ter
Para que você dê o
primeiro passo é preciso, antes, conhecer o fluxo dos resíduos produzidos.
“Isso envolve avaliar
onde será instalada a compostagem caseira. Não a deixe muito longe da cozinha,
pois você pode cair na tentação de jogar os resíduos no lixo comum. E adote um
lixo de pia apenas para os resíduos orgânicos”, recomenda Elaine.
Fique atento, também,
à quantidade de resíduos que você gera na sua casa. “Com o auxílio do lixo de
pia, ou outro compartimento com tampa, verifique quanto tempo leva para
enchê-lo”, afirma a administradora.
Por exemplo, se o seu
lixo é de 1,5 litro e leva três dias para estar completo, sua média de geração
para um ciclo de 45 dias (tempo médio para os resíduos compostarem) será de
22,5 litros (divida 1,5 por 3 e depois multiplique o resultado por 45). Assim,
você vai precisar de locais que comportem 22,5 litros para montar sua
compostagem de forma correta.
2. Separe os
materiais necessários
Para que você manuseie o composto
é preciso ter alguns materiais básicos. “Use luvas grossas todas as vezes que
for mexer na pilha de composto para evitar o contato com algum inseto, aranha,
formiga etc. Separe ainda um balde ou caixa plástica com folhas secas, aparas
de grama ou folhas de papel picados. E sempre mexa no composto com um garfo de
jardinagem”, aconselha Sabrina, da Sabor de Fazenda Ervas e Temperos.
Essas dicas ajudarão,
também, a evitar maus cheiros e moscas.
3. Tenha o
recipiente certo
É preciso que você
tenha um local para colocar o material orgânico. Pode ser um pote, uma lata ou
um balde, mas hoje já existem no mercado caixas de três andares que são feitas
especialmente para esse processo. O importante é que ela comporte a quantidade
de lixo que você gera.
Comece colocando os
resíduos orgânicos no recipiente de cima, que deve ter o fundo com pequenos
furinhos. É aqui, aliás, que estarão as minhocas. Espere cerca de um mês para
que a caixa fique cheia e depois coloque-a no meio do sistema, subindo a caixa
que estava no meio para receber os próximos resíduos orgânicos. A última caixa,
por sua vez, será responsável por receber o chorume da compostagem, um líquido
eliminado pelo material orgânico em decomposição e que é um ótimo fertilizante.
4. Prepare a
composteira
Comece com a primeira
camada, que deve ser o fundo da composteira, garantindo boa drenagem e aeração
à pilha que vai se formar.
“Quanto mais ar tiver
na pilha, mais rápido os restos orgânicos são transformados em adubo”, explica
a herborista Sabrina. Para que isso ocorra, basta colocar como primeira camada
pequenos galhos, folhas e ramos para que o ar circule de baixo para cima.
Em seguida, alimente
a pilha diariamente com os restos orgânicos produzidos pela casa.
“É preciso seguir a
seguinte proporção: para cada parte de lixo orgânico úmido (cascas de legumes e
frutas, cascas de ovo, borra de café, saquinhos de chá) cubra o lixo com o
dobro de material orgânico seco (folhas secas, aparas de jardim e poda de grama
secas)”, avisa a especialista.
Lembre-se que quanto
mais picados estiverem os materiais colocados na composteira, mais rápido será
o processo de decomposição.
Feito isso, eleja um
dia da semana para revirar o composto e fazer a avaliação do processo. Depois
de 30 dias inicie uma nova pilha da mesma maneira, deixando a primeira
decompor. “Revire a compostagem a cada 15 dias até que ela fique com aspecto de
terra fresca, o que leva de 45 a 90 dias”, diz ela.
5. O que pode e o
que não pode ser colocado na pilha?
Segundo Sabrina,
restos de frutas e verduras, cascas de ovo, saquinhos de chá, coador, borra de
café, folhas frescas e secas do jardim, guardanapos e papel toalha são ótimas
opções para fazer adubo. Mas fica como aviso:
“Não use restos de
alimentos temperados, carnes e gorduras, chocolates, balas e chicletes, pilhas,
plásticos, vidros e metais, fezes de animais domésticos, plantas doentes e
papel higiênico. Cascas de frutas cítricas também não são boas escolhas por
serem muito bactericidas, matando as bactérias boas, o que retarda o processo.
Cebola e alho também devem ser evitados, visto que o processo de fermentação
desses alimentos podem causar mal cheiro”.
Fonte: www.exame.abril.com.br
Mamãe, lembre-se que você é a pessoa que pode ensinar este tipo de prática aos seus filhos, ajudando a plantar a semente de um mundo melhor para todos. Mãos à obra!
Equipe Blog Baby Chic Bazar
Mamãe, lembre-se que você é a pessoa que pode ensinar este tipo de prática aos seus filhos, ajudando a plantar a semente de um mundo melhor para todos. Mãos à obra!
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